quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cartas de Brasília em recesso


A exposição Cartas de Brasília, aberta à visitação pública de 10 de outubro a 20 de dezembro de 2010 no Museu Vivo da Memória Candanga foi desmontada na segunda-feira, dia 21. O mobiliário seguiu direto para o depósito da produtora 4Art, da Daiana Castilho, e as cartas, fotos e documentos cedidos por pioneiros de Brasília e seus familiares, estão devidamente empacotados e protegidos por papelão e "plástico-bolha".

Vamos prestar contas do evento para nosso patrocinador, os Correios/ECT, neste final de ano, oportunidade em que saberemos se a exposição será remontada no museu da instituição, no Rio de Janeiro. Se nossa previsão se confirmar, a mostra deve ficar no Rio nos meses de fevereiro e março. Também é possível que no mês de abril de 2011, quando Brasília fará 51 anos, que o projeto seja exposto em uma universidade da Capital.

Divulgamos esses prazos para explicar que todo o material cedido para a exposição Cartas de Brasília será devolvido aos proprietários após esses prazos. Vamos devolver tudo pessoalmente e entregar para todos mais exemplares do catálogo do projeto e os postais de Brasília utilizados na divulgação. Agradecemos mais uma vez o empréstimo e confiança no projeto.

O ano de 2010 marcou um momento ímpar em nossas vidas, que foi o de reunir pessoas tão interessantes e com histórias tão ricas para contar. Também foi especial por permitir o encontro de uma equipe de trabalho harmônica, que organizou tudo com tranquilidade e profissionalismo.

Para todos que participaram desse dia-a-dia e torceram junto conosco para o sucesso do projeto Cartas de Brasília desejamos um feliz Natal e que o ano de 2011 seja ainda mais repleto de realizações e amor.

Márcia Turcato e Tânia Ribeiro- curadoras

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

103 anos de Oscar Niemeyer dia 15 de dezembro

A cidade de Niterói, Rio de Janeiro, fará uma grande festa na quarta-feira, 15 de dezembro, para comemorar os 103 anos do arquiteto Oscar Niemeyer. A recepção será no novo prédio da fundação que leva seu nome, inaugurada durante o evento. O homenageado já confirmou presença e trará a família e amigos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente eleita Dilma Rousseff, o governador Sérgio Cabral, ministros, deputados, secretários e vários artistas foram convidados. Na ocasião, será distribuída a nova edição da revista “Nosso Caminho”, que o arquiteto coordena.

Para o presidente do Grupo Executivo do Caminho Niemeyer, Selmo Treiger, é uma honra para a cidade ter uma comemoração histórica como esta:“Quando falamos para o Niemeyer que entregaríamos a construção em dezembro, ele quis comemorar seu aniversário no local. Para nós, é uma honra, pois esta é uma grande honra concedida pelo maior arquiteto do planeta”, disse.

O arquiteto que tornou possível o sonho do presidente Juscelino Kubitschek- construir Brasília, nasceu no dia 15 de dezembro de 1907.

Clique aqui para ler mais.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cartas para os velhinhos no Natal

A Exposição Cartas de Brasília, até 19 de dezembro no Museu Vivo da Memória Candanga, está realizando uma oficina gratuita com as escolas do Distrito Federal, particulares e públicas, para envio de cartas- escritas pelo visitante, destinadas às pessoas que os estudantes escolherem.


Ainda numa parceria com o Lar dos Velhinhos, parte das escolas está enviando as cartas para os idosos abrigados por aquela instituição com votos de um Feliz Natal e também para estabelecer contato com aquelas pessoas que na maior parte das vezes estão tão isoladas do contato social.

Visite a exposição e deixe lá sua cartinha. Com certeza a mensagem que você escrever fará a alegria de alguém nesse Natal.

O telefone do museu para agendamento de grupos e outras informações é (61) 3301.3590.

sábado, 27 de novembro de 2010

I- José Marinho, o engenheiro do IAPETC



Assinado pelo presidente da República Juscelino Kubitschek, o certificado acima é a prova de que o engenheiro arquiteto José Marinho Pinto Ferreira participou da solenidade de inauguração de Brasília em 21 de abril de 1960. Pioneiro, chegou na futura capital do Brasil em 1957. A família viria depois.

A foto ao lado flagra um momento raro: o fotógrafo é fotografado, é Mário Fontenelle, documentarista oficial de Brasília, clicado no Hotel Palace. Ao seu lado, de calça jeans, o engenheiro José Marinho.


Mais uma foto com a presença de Mário Fontenelle, também no Hotel Palace. As outras fotos, menores, registram a rotina de trabalho do engenheiro José Marinho e momentos com a família.

II- José Marinho, o engenheiro do IAPETC


O engenheiro arquiteto José Marinho Pinto Ferreira, formado pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, Rio de Janeiro, em 1953 e, em 1957, chegou em Brasília para trabalhar na construção da futura capital. Logo depois, em 1959, foi designado como substituo do engenheiro chefe das obras da SQS 107, do IAPETC, em Brasília. Na foto ao alto, sentido horário,o engenheiro na casa do acampamento, a família e os colegas de trabalho.

Concluída a obra, José Marinho foi indicado para exercer a fiscalização de 500 unidades residenciais em Sobradinho, DF, e uma casa na Península do Lago Sul, em 1969. Em 1971 assumiu sub-grupo de fiscalização do GEA, onde estavam afetas todas as fiscalizações ou reformas de obras nos imóveis do INPS.


Quem conta a história do engenheiro é sua filha Regina Hermínia, advogada. Ela, a mãe Nicéa e a irmã Marta Regina vieram para Brasília em 1962. Foram morar no acampamento do IAPETC, formado por um conjunto de simpáticas casas com varandas de treliça.  Algum tempo depois a família mudaria para um apartamento da SQS 307. Acima, Regina Hermínia mostra documentos do pai.

Orgulhosa do pioneirismo do pai, Regina Hermínia exibe fotos e documentos que ajudam a contar parte da história de Brasília.

Alguns desses documentos foram cedidos para o Projeto Cartas de Brasília, outros serão doados para a Biblioteca Central da UnB e um terceiro lote de relíquias irá para o Museu Vivo da Memória Candanga. Esta foi a forma encontrada por Regina Hermínia para homenagear o pai e imortalizar sua vida, seu amor por Brasília e o seu trabalho. A foto ao lado é de uma raridade: a primeira programação do Cine Brasília. Fã de cinema, o engenheiro possuía mais de um projetor e promovia exibições para os amigos. Ele também filmava.



sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cartas de Brasília na MIX TV


Este é o estúdio da MIXTV, em Brasília, funciona na UNIP/Uniplan, quadra 913 Sul. A foto foi feita no dia cinco de novembro, quando eu (Márcia Turcato) conversei com o âncora Pedro Pontes sobre a Exposição Cartas de Brasília e os próximos passos do projeto.

Tânia Ribeiro, curadora  do projeto junto comigo, preferiu não encarar as câmaras nesse dia. A entrevista foi ao ar no dia 17 de novembro às 07 horas pelo canal aberto número 17. Fora de Brasília, a MIX pode ser vista no canal 18. Clique aqui e assista a entrevista na íntegra e fique sabendo tudo sobre o projeto Cartas de Brasília.

domingo, 17 de outubro de 2010

Exposição Cartas de Brasília na mídia



A midia tem divulgado com frequência informações sobre a Exposição Cartas de Brasília. A edição de domingo (17/10) do jornal Correio Braziliense publicou ampla reportagem sobre a Exposição Cartas de Brasília no caderno Cidades. Diversos veículos têm divulgado o projeto, mais abaixo publicamos o link de acesso para todos os conteúdos. Correio Braziliense: Aqui você lê a matéria na íntegra.

A mostra fica em exibição no Museu Vivo da Memória Candanga até o dia 19 de dezembro. Agendamento de visitas guiadas para grupos podem ser feitos no telefone 61-3301.3590. Horário de visita é de terça-feira a domingo das 9h às 17h.

Reportagens sobre a Exposição foram divulgadas na TV Globo- clique aqui para assistir; TV Record- clique e assista; jornal Tribuna do BrasilJornal de Brasília; outra do Jornal de BrasíliaJornal da Comunidade;  e rádios Cultura, Nacional, Band e CBN, além de vários sites, entre eles o Blog da Paola e o Blog da Kátia Maia, Revista Fator Brasil, Portal Terra, Portal Painel Brasil TV, Revista Divirta-se, e Portal Movimento Calango, além da informação ter sido distribuída pela Agência de Notícias do GDF.

Agradecemos o interesse dos editores e repórteres pela exposição, organizada no marco dos 50 anos de Brasília, e que colabora no resgate da história da capital da República. E, mais uma vez, nosso agradecimento especial aos pioneiros que contribuíram para o êxito da mostra ao nos confiarem suas emoções e documentos familiares.

A Exposição Cartas de Brasília tem patrocínio dos Correios (ECT) e apoio do GDF, Caesb e rádio CBN.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Detalhes da Exposição Cartas de Brasília


Foi um sucesso a festa de abertura da exposição no Museu Vivo da Memória Candanga. As fotos de Carlos Henrique/Novo Temporão mostram aspectos da estrutura montada para o evento. A mostra fica disponível ao público até o dia 19 de dezembro. Visitação sempre de terça a domingo, das 9h às 17h. Agendamento para visitas guiadas podem ser feitos no fone (61)3301.3590.

Fica registrado nosso agradecimento ao GDF, em especial ao Secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, à equipe do Museu, à Diretoria dos Correios/ECT e ao seu grupo de eventos e projetos e a todos os amigos e familiares que compareceram à festa.


E, claro, nosso agradecimento muito especial aos pioneiros, que compartilharam conosco e com o público suas cartas, documentos, objetos e recordações para que a Exposição Cartas de Brasília se tornasse realidade.

No final de semana mais fotos serão publicadas pelas curadoras Márcia Turcato (foto abaixo) e Tânia Ribeiro (acima). Hora de entrevista para divulgar o projeto. Nosso agradecimento também para os colegas da imprensa, que acolheram nossa iniciativa e estão produzindo lindas matérias sobre a Exposição Cartas de Brasília.

domingo, 10 de outubro de 2010

Abertura da Exposição Cartas de Brasília


Um lindo sábado de Sol marcou a abertura da Exposição Cartas de Brasília no Museu Vivo da Memória Candanga, em cartaz até o dia 19 de dezembro. Na janela do Museu, um flagrante da festa.

Vários pioneiros estiveram lá para para reencontrar amigos e ver de perto as vitrinas com suas memórias. Passaram pela exposição acompanhados por amigos os seguintes pioneiros e familiares: Teresio Capra, Soni e João, Laudelino e Jurêsdes, Shana, Vânia, Marcello Varella, Zenaide, as irmãos Eloíse e Christine Ururuay, Carlos Magalhães, a D. Irene da Comunha Espírita, casal Rodrigues, Jarbas Marques, família de Celita Mendes e a enfermeira Cacilda.

Abaixo, alguns dos pioneiros, o Secretário de Cultura e nós, da produção. Ao longo da semana publicaremos mais fotos da festa de abertura da exposição.


Nossos amigos, familiares e colegas também participaram da abertura da exposição e, junto com os pioneiros, deram luz à festa. Também passou por lá o poeta José Garcia Caianno, com performances agendadas para a Feira do Livro de Brasília.

A seguir, abertura da exposição no jardim interno do Museu.


Para abrir a exposição contamos com a presença do Secretário de Cultura do GDF, jornalista Silvestre Gorgulho, apoiador do projeto desde o primeiro momento; de Luciana, que representou os Correios (ECT), patrocinador da exposição; e de mais uma Luciana, a diretora do Museu; toda a eficiente equipe de Daiana, da 4 ART, que coordenou a produção, e o pessoal da associação dos "pipeiros" de Brasília. Cartas de Brasília tem ainda o apoio da Caesb e da Rádio CBN.

Na foto abaixo, um passeio entre as vitrinas da exposição.


As crianças se divertiram muito na brinquedoteca. Vários brinquedos típicos das décadas de 50 e 60 estavam disponíveis para às crianças. Tinha até pipa e gente pra ensinar a fazer.


Enquanto os pequenos brincavam, muita gente aproveitou para escrever uma mensagem nos postais e deixar no escaninho para alguém pegar, além de colocar na arca do futuro uma cartinha que será abertura no aniversário de 100 anos de Brasília, em 2060.

Ao lado, conversa entre amigos e pioneiros.

A festa foi muita bonita. Além dos próprios pioneiros e familiares, todos se emocionaram. Tânia Ribeiro, curadora da exposição junto Márcia Turcato, ficou muito emocionada e foi ajudada por uma das filhas, Gabriela, que conclui a fala que ela havia preparado.



Ao final da visitação, um delicioso brunch foi servido, com a marca de qualidade do buffê de Cristina Roberto.

Na foto acima, as curadoras Márcia e Tânia tendo JK por testemunha na festa de abertura da exposição.

As visitas ao Museu são sempre de terça-feira a domingo, incluindo feriados. O Museu só fecha na segunda-feira. Para mais informações e agendamento de grupos guiados é só ligar para 61- 3301.3590. O Museu fica na pista de acesso para a Candangolândia e o Núcleo Bandeirante. Vale lembrar que lá funcionou na década de 50 o Hospital do IAPI. O prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico.

Abaixo, momento de escrever mensagens para o futuro.








Nossa intenção é tornar a exposição itinerante.

Na foto ao lado, o pioneiro Teresio Capra conversa com uma amiga no saguão de acesso à Exposição Cartas de Brasília.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Exposição Cartas de Brasília

A Exposição Cartas de Brasília abre amanhã, sábado, às 10h, no Museu Vivo da Memória Candanga. Eu, Márcia Turcato, jornalista, e Tânia Ribeiro, socióloga, iniciamos o projeto há mais de um ano. Entrevistamos cerca de 30 pioneiros e seus familiares para recontar a história de Brasília a partir da troca da correspondência entre aqueles que viajaram para o Planalto Central para construir a a nova. capital. Na foto ao lado, eu e Tânia testando a arca do futuro, onde ficarão correspondências que serão lidas nos 100 anos de Brasília, em 2060.

Na foto abaixo, Tânia, em visita à exposição na sexta-feira. Últimos preparativos para o grande dia.

Toda essa riqueza de informação estará disponível ao público até o dia 19 de dezembro graças aos apoios que recebemos para dar corpo ao projeto. Assinam a exposição como apoiadores: Correios (ECT), Caesb e Rádio CBN. A coordenação de produção é de Daiana Castilho, da 4ART.

Esta sou eu, tentando sintonizar o rádio utilizado na Copa de Futebol de 1958, na Suécia.

Para mais informações, o telefone do museu é (61) 3301.3590. Esperamos encontrar os amigos do blog na exposição. Até lá.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Exposição abre dia 9, sábado

Faltam menos de 48 horas para a solenidade de abertura da Exposição Cartas de Brasília, sábado, dia nove, às 10 horas, no Museu Vivo da Memória Candanga. A partir de domingo, até 19 de dezembro, a mostra poderá ser visitada pelo público.




A iniciativa conta os 50 anos de Brasília a partir da troca de correspondência entre os pioneiros. Na exposição as cartas estarão disponíveis ao público, assim como fotos, documentos e objetos. Todo o material está sendo tratado com o máximo cuidado. Confira nas fotos feitas hoje, quinta, dia sete.

Nas "janelinhas" do painel da foto abaixo serão exibidos vídeos sobre todos os pioneiros que entrevistamos para o blog. Ao lado de cada "janelinha" estarão disponíveis fones para que todos possam acompanhar as entrevistas feitas, a partir do blog, pela rádio CBN/Brasília.

sábado, 2 de outubro de 2010

Revisitando o paisagista Ney Ururahy


O blog voltou à chácara do paisagista Ney Ururay no Lago Sul para buscar fotos e o que houvesse de marcante das décadas de 50/60 para a exposição Cartas de Brasília, de 10 de outubro a 19 de dezembro no Museu Vivo da Memória Candanga. Como sempre, ele estava debruçado sobre sua prancheta de trabalho. Delegou à filha Christine a tarefa de nos atender e fazer a defesa dos documentos cobiçados por nós.

Não poderia ter entregue a missão à pessoa mais cuidadosa. Museuóloga de formação, Christine estava preocupada com o uso que faremos do material. Fique tranquila família Ururahy, sabemos que temos um verdadeiro tesouro em mãos. As peças ficarão protegidas em vitrinas e vão ajudar a contar a história dos 50 anos de Brasília.

Entre fotos e documentos, Ney exibiu uma garrafa de whisque com a seguinte explicação no rótulo: "Whisque servido no baile de inauguração de Brasília, 21 de abril de 1960". Mas ele não nos emprestou a garrafa. Ney, ainda  há tempo, se você mudar de ideia é só avisar!

Christine deixou aos nossos cuidados algumas preciosidades que os leitores do blog poderão ver no museu, como a foto do primeiro baile de debutantes realizado no Plenalto Central, em 1963, no salão do Brasília Palace Hotel, com os cadetes da Aeronáutica a fazer par com as garotas. E, entre outras fotos, a da primeira casa da família no Lago Sul, na QL 8, quando o lago nem estava cheio. É possível perceber o vazio onde viria se formar o lago. A casa faz parte de um lote de 15 residências que foram construídas em 1958 pela empresa de Ildeu Oliveira, também entrevistado pelo blog.

Na foto acima, Ney, Christine e a neta Manoela.
Observem a parede da direita: um croqui do Memorial JK assinado por Oscar Niemeyer.

Espero encontrá-los na festa de abertura da exposição. Bom fim de semana a todos

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Convite da Exposição Cartas de Brasília

Mais de um ano após termos iniciado a pesquisa sobre a correspondência trocada entre os pioneiros da Capital da República, temos a alegria de convidar para a Exposição Cartas de Brasília, de 10 de outubro a 19 de dezembro, no Museu Vivo da Memória Candanga. A exposição conta a história de Brasília por meio das cartas trocadas entre os pioneiros.

Na véspera, sábado, dia nove, faremos uma confraternização às 10 horas, no mesmo local. Os amigos desse espaço aqui no blog estão todos convidados para festejar conosco esse importante momento. As crianças são nossas convidadas especiais, haverá uma brinquedoteca no museu.


Esperamos encontrar com você lá!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Faltam 13 dias para a exposição

A equipe de concepção e de produção está em contagem regressiva para a exposição Cartas de Brasília no Museu Vivo da Memória Candanga. A abertura ao público é no dia 10 de outubro. Cartas, fotos e objetos estarão disponíveis para visitação até o dia 19 de dezembro. Um dia antes, nove, às 10h, será a solenidade de abertura da mostra, com a presença dos apoiadores e pioneiros.


Estamos finalizando o catálogo da exposição, com as entrevistas publicadas aqui no blog, cartas e fotos, além do convite e outras peças de divulgação. O catálogo cumprirá também o papel de livro, uma bela peça com a marca de Daiana e Isabella (direita), na foto com as curadoras do projeto, Márcia e Tânia (esquerda).

sábado, 18 de setembro de 2010

Mulheres Pioneiras de Brasília


A querida amiga Adriana Leineker telefona perguntando se já consta do acervo do blog o livro "Mulheres Pioneiras de Brasília", de Elvira Barney. Não, ainda não temos, respondo. Então ela nos deu um de presente. A relíquia fazia companhia a apenas mais um exemplar em uma banca de revistas do Plano Piloto.

O livro, editado pela Thesaurus em 2001, 276 páginas, conta a história de "jovens recém-casadas que deixaram o conforto de suas famílias, de suas cidades, e vieram à procura de um ideal de vida, quase sempre acompanhando os maridos". Ao mesmo tempo em que revela a vida dessas mulheres pioneiras, o livro narra os bastidores da construção de Brasília em episódios que envolvem JK, Israel Pinheiro, Sayão e muitos tros empreendedores daquela época. Só não sei informar o preço. Adriana não revelou quanto custou o presente.

A autora, Elvira Barney, nasceu em 1939 na mineira Uberaba. Aos onze anos foi com a família para a capital, no Rio de Janeiro. Decoradora e bailarina, casou com o arquiteto colombiano Cézar Barney, no Rio, e mudou para Brasília em maio de 1961.

Outro livro interessante no acervo do blog é "Palavras, Sentimento e Paz", terceira antologia da Academia Planaltinense de Letras. Esse foi um presente da engenheira Veridiana Silva, que ocupa a cadeira número 30 da Academia. Nascida em área próxima à Planaltina, ela, que também é uma pioneira e foi entrevistada pelo blog, escreve sobre a cidade.

"Amanhã será outro dia" é mais um livro no acerto do Cartas de Brasília. Foi dado por Irene Carvalho, a D. Irene da Comunhão Espírita. De acordo com o prefacio, "o romance é obra do espírito Franco Leal, psicografado pela médium Irene Carvalho".

Temos ainda a edição produzida pela Terracap, "Brasília 1960/2010- Passado, Presente e Futuro", com farta
ilustração. O livro conta a história das terras públicas de Brasília. Em posts anteriores comentamos sobre outros livros, a maioria a respeito da construção de Brasília, presenteados ao blog ao longo do ano.

domingo, 12 de setembro de 2010

Museu da Memória Candanga

A exposição Cartas de Brasília será aberta ao público no dia 9 de outubro no Museu da Memória Candanga. O acervo de cartas, fotos, documentos e objetos poderá ser visitado até o dia 19 de dezembro. Para quem não conhece o local, aqui está o mapa. É fácil: para quem está no Plano Piloto é só seguir pela saída Sul, passando em frente ao Parkshoping e prosseguir no sentido Núcleo Bandeirante. Na direita da pista fica o museu.

sábado, 11 de setembro de 2010

Um professor pioneiro no Planalto Central

Spezia quase foi ordenado padre, mas se apaixonou por jovem goiana e deu novo rumo a sua vida.

O professor Delfino Domingos Spezia foi um pioneiro em Goiás e no Distrito Federal. Ele iniciou a carreira de educador no Ginásio Arquidiocesano do Planalto, em Formosa (GO), em 1946. Depois, foi professor e diretor do Colégio de Planaltina (DF), de 1960 a 1966; diretor do Colégio de Sobradinho (DF), de 1966/1967; professor e assistente de direção no Centro de Ensino Médio Elefante Branco, 1967/1969; professor no Colégio do Plano Piloto, em 1969, e  primeiro diretor do Centro Educacional da Asa Norte, CAN, de 1970 a 1980. Quem conta esta história para o blog é a filha primogênita, Maria Izabel Persijn, artista plástica, porque o pai sofreu um AVC e tem um pouco de dificuldade para falar.

O professor Spezia encerrou suas atividades como membro do Conselho Federal de Educação, em 1993. Ele é do quadro da Associação Nacional dos Escritores, ANE, e faz parte do Clube dos Pioneiros de Brasília. Tem dois livros de poemas publicados: Folhas de Outono (2001), com ilustrações da filha Maria Izabel, e Pescador Solitário (2010), com gravuras da filha Karine e fotos da neta Aline. Este último foi lançado no início de setembro, em concorrido evento na ANE.

Natural de Santa Catarina, Spezia nasceu em dezembro de 1923 na cidade de Luiz Alves, filho dos agricultores Bonifácio e Maria Balsanelli. Sem vocação para os trabalhos rurais e sim para a literatura, o menino Delfino Domingos foi enviado para um seminário, única oportunidade de ter acesso a uma educação clássica, primeiro em Lavrinhas e depois Pindamonhangaba, duas cidades do interior paulista.

Mas, na sua grande primeira missão em Formosa, ainda como seminarista, apaixonou-se pela jovem Maria Mirtes de Macedo e desistiu da ordenação como padre. Casaram e tiveram cinco filhos: Maria Izabel, Telma, Domingos Sávio, Carlos Humberto e Karine. Hoje o casal de pioneiros tem 12 netos e duas bisnetas. Na foto abaixo, a filha Maria Izabel exibe orgulhosa os livros do pai.

Spezia recebeu as seguintes condecorações:

- Título de Cidadão Formosense – da Prefeitura Municipal de Formosa, GO – 1960;
- Diploma de Benfeitor do Santuário Nacional de Fátima – Brasília – 1978;
- Medalha Mérito do Buriti – concedida pelo Governo do Distrito Federal – 1981;
- Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres – Ministério da Educação da França – 1983;
-Diploma e Medalha de Honra ao Mérito, do Clube dos Pioneiros de Brasília – 1995;
- Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho – Cavaleiro – 1997.

Poema de Spezia, livro Folhas de Outono:

Em tudo aquilo que faço
Há sempre um sinal, um traço
do que fui, do que ficou.
Em cada gesto o cansaço,
o moroso e incerto passo
de quem muito caminhou.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cartas dos namorados Fernando e Ondina

E a história do Coronel Antônio Barbosa de Paula Serra e Maria Auxiliadora Bezerra Serra

Contamos aqui hoje uma linda história de amor registrada em cartas.
Nos anos 30, o mineiro Fernando Sebastião Pereira de Faria era estudante de Direito na UFRJ. Em Muzambinho (MG), ficou a namorada Maria Ondina de Magalhães Cabral. Inúmeras cartas e telegramas nutriram o amor do casal até que o casamento fosse realizado em janeiro de 1939. Foram cinco anos de farta troca de correspondência. Quem nos ajuda no resgate desta história é a neta do casal, a jornalista Marília Serra, com quem o blog conversou.

Em carta endereçada ao tio Mário Faria, o recém-formado Fernando pede que ele o represente no pedido de casamento à família da noiva Maria Ondina. O que foi feito. Em outra carta, a noiva reafirma seu compromisso e garante que seguirá o noivo para qualquer lugar que ele escolher.

E foi assim que chegaram a Brasília em 1960, com Fernando representando a Companhia Vale do São Francisco. Mas ele voltou sua atenção para o Planalto Central um pouco antes, em 56, como avaliador da Comissão Demarcatória do Distrito Federal. Fernando faleceu em 2001, aos 89 anos, e sua esposa recentemente, dia 1° de setembro, aos 93 anos de idade.

Marília lembra que o avô ficou conhecido como “Pai do Cinema de Brasília”. Nos anos 60, Fernando projetava filmes na empena do prédio em que morava, na quadra 108 Sul. Eram películas sobre a construção da cidade e também alguns documentários que conseguia nas embaixadas. Ele também ganhou outro título: “Rei do Presépio”, por armar na sala do apartamento grandes presépios natalinos. “Tinha até laguinho com água de verdade”, recorda Marília.

Avô militar

O pai de Marília, arquiteto Trajano, filho do casal Fernando e Maria Ondina, casou com Vânia, advogada, filha do Coronel Antônio Barbosa de Paula Serra e Maria Auxiliadora Bezerra Serra. Antônio, natural do Ceará, conheceu a futura esposa quando ela estava com 15 anos, em Natal (RN). O casamento aconteceu quando ela completou 16, em janeiro de 1945. Além de Vânia, tiveram a filha Laís. Em julho de 1960 a família chegou à Brasília.

O pai de Marília, arquiteto Trajano, filho do casal Fernando e Maria Ondina, casou com Vania, advogada, filha do Coronel Antônio Barbosa de Paula Serra e de Maria Auxiliadora Bezerra Serra. Antônio Serra, natural do Ceará, conheceu a futura esposa quando ela estava com 15 anos, em Natal (RN). O casamento aconteceu quando ela completou 16, em janeiro de 1945. Além de Vania, tiveram a filha Lais. Em julho de 1960, a família chegou a Brasília. Abaixo, Marília, a avó Maria Auxiliadora e a tia Laís; sobre o piano as fotos de Maria Auxiliadora e Antônio na juventude.


A esposa Maria Auxiliadora recorda que o primeiro apartamento da família ficava na quadra 106 Sul, depois mudou para o Lago Sul. Foi nessa época que aconteceu “a revolução de 64” e o Coronel quase foi preso por apoiar um movimento contra o fechamento do Congresso. O Coronel exerceu vários cargos em Brasília, entre os quais o de chefe do Departamento Federal de Segurança Pública (Polícia Federal). O Coronel Serra faleceu em 2000, aos 83 anos. O diário de sua carreira militar, chamado “Anotações”, registra toda a sua vida no Exército.

sábado, 28 de agosto de 2010

Cartas de JK extraviadas

O empresário Ildeu Oliveira, pioneiro em Brasília, foi um dos grandes amigos do presidente Juscelino Kubitschek, também eram primos. Ildeu guarda muitas cartas e lembranças de JK. Até mesmo um bilhetinho, do dia oito de agosto de 1976. Infelizmente, muitos desses originais foram perdidos esse ano, em Brasília. O blog teve acesso aos originais em 2009, quando iniciamos o projeto Cartas de Brasília.

Ildeu levou vários originais para tirar cópia e, numa desses vezes, esqueceu os documentos no local. Pelo menos é nisso que acredita. Como já procurou em tudo o que é canto e não encontra, pensa ter esquecido em alguma fotocopiadora.

Fica aqui nosso apelo, quem encontrar as cartas assinadas por JK, favor entrar em contato aqui no blog para que possamos devolver e exibi-las no Museu da Memória Candanga, de 09 de outubro a 19 de dezembro.


Hoje publicamos trecho do arquivo do Colégio Dom Bosco, datilografado, relatando como a escola foi construída em Brasília.

Documentos originais, cartas e objetos da época da construção da capital da República estarão disponíveis ao público a partir de outubro. Marque em sua agenda.

sábado, 21 de agosto de 2010

Projeto Cartas de Brasília na TV

Na quinta-feira (19/08) estive na TV Painel Brasília para falar sobre a exposição Cartas de Brasília. A socióloga Tânia Ribeiro, parceira no projeto, não pode ir. Então lá fui eu enfrentar o microfone comandado por Rosa Sarkis. A foto registra um flagrante da entrevista.

A íntegra da entrevista está disponível neste endereço. Falei sobre o apoio que recebemos dos Correios (ECT) para viabilizar o projeto, da bela produção que está sendo feita por Daiana Castilho e sua equipe e, claro, sobre as lindas histórias de superação e solidariedade que nos foram contadas pelos pioneiros que ajudaram a construir a capital da República.

De 9 de outubro a 19 de dezembro, todo o acervo que coletamos em um ano- cartas, fotos, postais e objetos, poderão ser vistos pelo público no Museu da Memória Candanga, (Via EPIA Sul, SPMS, Lote D - Núcleo Bandeirante - DF, fone 061-3301.3590).

 No local teremos uma brinquedoteca para as crianças com elementos que remetem ao passado. Será uma grande experiência lúdica para todos.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Com a palavra a engenheira Veridiana

A engenheira Veridiana Bragança da Silva telefonou pedindo a carteira de identidade que havia emprestado dias antes para a exposição Cartas de Brasília, perdera os documentos, precisava daquele que havia restado. Entregue a carteira, ele fez questão de explicar ao blog que nasceu na Fazenda Soihem de Baixo, perto da atual Reserva Biológica de Águas Emendadas, em 1937.

A família mudaria anos depois para Planaltina, então um vilarejo com três ruas, que fazia parte do município de São João da Aliança, em Goiás. Com a construção de Brasília e a inauguração da cidade, houve dúvida a respeito de como registrar o local de nascimento de Veridiana, porque Planaltina ainda não era uma cidade do Distrito Federal e, de fato, ela não havia nascido em São João da Aliança. Então foi decidido que a cidade seria Brasília. E assim foi feito.


Sempre à frente de seu tempo, Veridiana cursou Magistério na escola das freiras francesas, em Formosa. Recebeu o diploma em 1956. Na ilustração acima, a carteira de trabalho de Veridiana, com o contrato de professora assinado em 23 de abril de 1960.

Clique aqui para saber mais sobre a engenheira

domingo, 15 de agosto de 2010

Documentos inéditos e inacreditáveis

Mais uma semana de muitos preparativos para organizar a exposição Cartas de Brasília. Estamos revisitando muita gente que foi entrevistada no ano passado e no início deste para recolher documentos originais. Tem coisa que nem lembrávamos mais.


É o caso da carteira de identidade da engenheira Veridiana Bragança da Silva, nascida em uma fazenda próxima de Planaltina em 18 de julho1937. Apesar de Brasília ter sido inaugurada em 21 de abril de 1960, a identidade de Veridiana registra que ela é natural da capital do Brasil. Ou seja: nasceu numa cidade que ainda não existia!

Outra relíquia que a engenheira nos entregou é a Carteira do Trabalho, com o contrato de professora assinado no dia 23 de abril de 1960 pela Comissão de Administração do Sistema Educacional de Brasília (Caseb). E tem muito mais, tudo disponível ao público a partir de outubro no Museu da Memória Candanga, no Núcleo Bandeirante.

No computador, Isabella trata as peças que serão expostas e que também estão sendo fotografadas. A caixa branca guarda as relíquias dos pioneiros, nosso tesouro. No destaque, sobre a caixa, o álbum do então bebê Marcello Varella escrito por sua mãe em 1934.